sábado, 28 de janeiro de 2012

Poemas - do Livro - A Relva Dita a Cor das Nuvens - de Jeferson Bandeira - Campo Largo/ Paraná

bem antes da escola, lembra a mãe
ter falado da floresta de palavras.
dizia-se uma mata fechada:
coisas ainda exóticas.
balbuciava, talvez sussurrasse
um trato, uma cumplicidade:
jogo entre palavras.
e como um desenho de rios
insinuava palavras, como chaves
que levavam a outras palavras.
fechada a lição, ia dormir
e volta e meia se debruçava
sobre densos jardins seduzindo
quem os adentrava.
como um altivo caçador
de borboletas se imaginava:
de redinha e tudo.
no mundo dos seus sonhos,
ou melhor, mundo das palavras,
caçava letras.
se palavreava
no palavrão da floresta.

Jeferson Bandeira

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Névoa - do Livro - Laços de Ternura - de Jacemar Cristina Rocha da Costa - Curitiba/ Paraná

Na imensidão do mar,
Na quietude da névoa fina,
No ar que alimenta tudo

Há uma energia que ressurge,
Há uma voz suave que fala,
Há um carinho no pensamento

No nosso amor no firmamento,
Na nossa luz de neblina,
Nos anseios d`alma plena.


Jacemar Cristina Rocha da Costa

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Olhar de Mãe - de Thaís Spisila - Curitiba/ Paraná

Enquanto eu falava
Ela me olhava
Eu era seu auto- retrato
Sua criação

Nunca vou poder explicar
o que se passava naquele olhar
Mas eu sabia que era tão confortante
que as palavras não se faziam necessárias
Tudo que  me atormentava naquele momento
Perdeu-se na proporção daquele olhar

Aquele mesmo olhar que me cobria de sorrisos na porta da escola
E que se emocionava nas apresentações do dia das mães.
O olhar de encantamento
O olhar de quem ama de verdade
De quem protege
De quem nunca engana
Olhar de quem deseja a mais pura felicidade
Aquele que só mãe tem e mais ninguém.

Eu poderia ficar a vida toda ali
Mergulhada na imensidão daqueles olhos
e nunca seria o bastante
Nunca.

Aquele olhar de aconchego e segurança
valia mais do que mil pedras de diamante
Porque nenhum diamante era mais radiante
e importante.

E a força daquele olhar
eu sempre vou guardar
Minha mãe
Presente de Deus
que eu sempre vou amar.


Thaís Spisila

" Viagem " - de Simonne Di Piero - Bauru/ São Paulo

             
Sonhei suave sonho...
Inconfundível, imprevisível, inevitável.
Mundo mágico, místico,
Onde ora, orei... orei... e
Numa nuvem nasci,
Novamente nova!
Etérea, encantada!

Dormi durante dias...
Inspirada!
              
Partindo portanto plena,
Incondicionalmente;
Eterna, mas não eternamente;
Rindo rimas...rumo à
Outros outeiros!! 

              
Simonne Di Piero

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Poemas - do Livro - A Relva Dita a Cor das Nuvens - de Jeferson Bandeira - Campo Largo/ Paraná

só queria
aquecê-la naquela noite,
confortá-la,
aquela noite,
mas ela preferiu
beijar a minha fronte,
descer até meus pés
e arrastar-me
até o nada
daquela ponte.
                                                         
Jeferson Bandeira

domingo, 22 de janeiro de 2012

sábado, 21 de janeiro de 2012

Memória do Infinito - do Livro - São Francisco, Luz, Eterna Luz - de Jacemar Cristina Rocha da Costa - Curitiba/ Paraná

Mesmo agradecendo a um Francisco antes de encontrá-lo,
Mesmo tentando compreender a razão de seus passos.

Mesmo reconhecendo o paraíso do seu amor
Na memória do Infinito.

Todos os seres continuam a dedicar canções
Na aurora de seus dias...


Jacemar Cristina Rocha da Costa

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Poemas - do Livro - A Relva Dita a Cor das Nuvens - de Jeferson Bandeira - Campo Largo/ Paraná


                                                         sorriso pálido entre folhas cariadas.
                                                         beija-flores em mutirão socorrem o sonho.
                                                         cactos capturam lágrimas pela adaga
                                                                                      [do destino evocadas.

                                                                              (ferrugem)

                                                         presente contrabandeado caduca,
                                                                                      [em flagrante autuado.

                                                         a natureza tenta absolvição,
                                                         o coração delata recorrência no ato.
                                                         sem outra escolha, o corpo lastima:
                              
                                                         [espinhos, cacos.

                                                                      (ferrugem)

                                                         engrenagens de suas forças,
                                                         para espanto, travam simultaneamente.

                                                         a esperança é detida, os desejos
                              
                                                                [recusam defesa.

                                                         incapaz do extraordinário, vai ao chão
                              
                                                           [colossal prisioneiro.
                                                                             

                                                                              Jeferson Bandeira

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A Guerra, o jogo, e a criança! - de Thaís Spisila - Curitiba/ Paraná

Ei criança!
Ser feliz é proibido
e infeliz é permitido
"Dá aqui teu pirulito maldito!"

Estamos roubando seu tempo
insultando seus valores
falando mentiras
Queremos que você seja como nós
Perdidos.

O universo é esquisito
tudo circunscrito
girando num falso mito
onde a inveja do próximo
é o próximo capítulo.

Essa é a grande realidade,
Vivenciamos crueldade.
Palmas a falsa moralidade.
Somos carne e osso
Ignorância e arrogância.

Acorda criança!
Aqui não é o Conto da Cinderela
Aqui é drama de novela.

A criança
Que já não era tão criança assim
Pega seu pirulito de volta
Pronta para a revolta.
O livro do Guerreiro Sun Tzu teria lhe passado
O grande aprendizado.

Criança esperta,
Logo aprendeu que na arte da guerra
Você  deve vestir sua armadura
e se transformar em alguém sagaz.
Este é o único jeito de se manter em
paz.                                                                                               


Thaís Spisila

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

domingo, 15 de janeiro de 2012

micronarrativas - do Livro - dose mínima [dis]tensão máxima - de Jeferson Bandeira - Campo Largo/ Paraná

Não era escritor por acaso.
Cansou de ouvir histórias da mulher.

Jeferson Bandeira                                                                 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Gol - de Mário Pinheiro Ribas Júnior - Curitiba/ Paraná

Atento ao lançamento
Momento do movimento
Preciso  pensar
Para onde movimentar

Adversário presente
Para a esquerda eu vou
Ludibriar a mente
Do adversário valente

A bola vem à meia altura
Com leve jogo de cintura
Deixo a pelota passar
Quero ver ele me pegar

Segue-me com seu intuito
De pernas entreabertas
Retorno para a direita
Jogando a bola perfeita

Adversário eliminado
Só resta seguir folgado
Apenas o goleiro
É grande o arqueiro

Ele cobre o gol inteiro
O que faço com esse goleiro
Faço um gol de artilheiro
E corro para o escanteio

Agora é só comemorar
Meu adversário vai se arrasar
Minha torcida vai adorar
O prazer vai rolar


Mário Pinheiro Ribas Júnior

Vida - de Luciano Guaita Rodrigues - Curitiba/ Paraná


VIDA
                                                                        
V
                                                                                 
E

L
                                                                                  
A

CANTO GREGORIANO


    Luciano Guaita Rodrigues 
 

domingo, 8 de janeiro de 2012

Arco-íris - do Livro - Laços de Ternura - de Jacemar Cristina Rocha da Costa - Curitiba/ Paraná

Na busca da explicação,
Na doce canção que fica,
Na aurora do acontecimento

Há um arco-íris que brilha,
Há um afeto admirável,
Há uma beleza que cativa

No nosso amor de fé,
Na nossa fonte de luz,
Na natureza dos eventos.

Jacemar Cristina da Rocha Costa

sábado, 7 de janeiro de 2012

Sol - do Livro - Laços de Ternura - de Jacemar Cristina Rocha da Costa - Curitiba/ Paraná

Nos raios luminosos do sol,
Nos encantos de cada arrebol,
Na beleza do amanhecer

Há um brilho que irradia,
Há uma alegria que fica,
Há uma paz de cada dia

Na esperança de cada aurora,
No nosso amor dos instantes,
No nosso laço na eternidade.


Jacemar Cristina Rocha da Costa  

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Carinho - do Livro - Laços de Ternura - de Jacemar Cristina Rocha da Costa - Curitiba/ Paraná


Na meiguice do olhar,
Na alegria da paz,
Na compreensão plena

Há uma luz intensa,
Há um raio de esperança,
Há um sopro bendito

No nosso carinho suave,
No nosso amor sublime,
Nas asas do firmamento.


Jacemar Cristina Rocha da Costa 

Onde Nasce o Arco-íris - de Luciano Guaita Rodrigues - Curitiba/ Paraná

Para um poeta
Uma pena de pavão
Na terra
É o lugar onde nasce 
O arco-íris...

Luciano Guaita Rodrigues

Bolhas de Saliva - de Luciano Guaita Rodrigues - Curitiba/ Paraná

E o Poeta
no seu caixão,
Borbulhava saliva.
Eram Poesias...

Luciano Guaita Rodrigues

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Infinito - do Livro - Laços de Ternura - de Jacemar Cristina Rocha da Costa - Curitiba/ Paraná

No céu, no mar,
Nos campos, na natureza
De todos os matizes

Há a leveza do nosso ser,
Há a compreensão no olhar,
Há o amor sublime

Na luz do nosso infinito,
Na paz da ternura plena,
Na delicadeza da alegria pura.


Jacemar Cristina Rocha da Costa

Vida - de Laura da Cunha Cardoso - Curitiba/ Paraná

A vida é como o mar,
Ela volta e vai,
Ela é feita para amar, 
Ela é feita para se casar,
Ela é feita para viver,
E também para sofrer...
                                                         
Laura da Cunha Cardoso

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Olhar - de Mário Pinheiro Ribas Júnior - Curitiba/ Paraná

Um olhar significa tanto
Que chega até um pranto
Chega a brilhar
Sem luz para clarear

Olhos que conversam
Sem som manifestar
Apenas os olhos
Fixados no olhar

Olhar que desconfia
Olhar que discrimina
Olhar que vulgariza
Olhar que recrimina

Olhar que admira
Olhar de alegria
Olhar de euforia
Olhar de eu queria

Olhares restritos
A verdadeira visão
É feita pela audição
Do coração

                                            
Mário Pinheiro Ribas Júnor

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Um Pássaro - de Alessandra D`Elia - São Paulo/ São Paulo

Sou um pássaro livre, na conquista das palavras e juras de amor.                   
              
Um pássaro que transpassa as ilusões de um mundo, que por instantes é  passageiro.
                     
Um pássaro que voa dentre trovões, raios e chuvas enfurecidas por um amor infeliz e complicado.
                     
Um pássaro livre, que deseja voar além dos limites do corpo humano e trazer ao mundo, novidades divinas e apaixonadas.
                     
Um pássaro sonhador com melodia, da alma que traz alegria e amor de viver.
                     
Um pássaro livre que voa de norte a sul, que pode trazer conhecimentos, ir ao infinito das almas, buscar a razão da ciência, complementar a essência humana e fortalecer ainda mais os nossos espíritos.
                      
Sou um pássaro que observa tudo de qualquer lugar e altura, sem medo de voar, sem medo de amar, sem medo do preconceito; sou a verdade, a razão do amor, sou o encanto dos poetas, a beleza da natureza, sou o canto dos músicos. Enfim, sou o mais singelo e puro amor, dos sonhadores e apaixonados enamorados do mundo das almas felizes....
                                                                

Alessandra D`Elia

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Igreja da Ordem - do Livro - São Francisco, Luz, Eterna Luz - de Jacemar Cristina Rocha da Costa - Curitiba/ Paraná

Nas preces de cada dia nos minutos da vida
Há um Francisco amenizando o sofrimento.

Nas preces de cada dia no coral gregoriano
Há um Francisco cantando no firmamento.

Nas preces de cada dia no mais ínfimo instante
Há um Francisco eloqüente nas janelas do tempo !
 
Jacemar Cristina Rocha da Costa