domingo, 25 de março de 2012

Curitiba 319 Anos - de Jacemar Cristina Rocha da Costa - Curitiba/ Paraná


Do espaço incomensurável,
No vasto horizonte
De serras, margeando
O infinito tempo,
Uma cidade desponta
Com ares de graça,
Progresso e encanto,
Promovendo a vida
Simples e querida
De um povo que
Não se cansa
De buscar
Novos caminhos.

Dos ditames do século xxi,
Na perspectiva da luz,
Arte e ciência
Para descansar em paz
Numa aurora que
Contemple os mais
Belos momentos
De uma alma
Espiritualizada no
Eterno e amado deus!


Jacemar Cristina  Rocha da Costa                    

quinta-feira, 22 de março de 2012

Lugar - do Livro - Laços de Ternura - de Jacemar Cristina Rocha da Costa - Curitiba/ Paraná

No canto dos sabiás,
Na tranquilidade da relva,
No verde claro das matas,

Há uma nuvem de paz,
Há uma chuva de luz,
Há um sol de alegria.

No nosso lugar no coração,
Na nossa singela atitude,
No horizonte de emoções.


Jacemar Cristina Rocha da Costa

terça-feira, 20 de março de 2012

Guerreiro - de Heron Malaghini - Jacarezinho/ Paraná

Vai guerreiro, refugie-se em seu castelo medieval
Recupere suas forças, reencontre seus pensamentos
Esfrie sua cabeça, esqueça este sofrimento
Mas volte a lutar
Ainda não é hora de parar
Como no lema da Infantaria
Em qualquer hora, em qualquer terreno, em qualquer lugar
E como diria um rebelde chamado Cazuza
O poeta esta vivo com seus moinhos de vento
Nunca vamos parar de lutar camarada
Nem quando a morte chegar
Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei!

Heron Malaghini 

quinta-feira, 15 de março de 2012

micronarrativas - do Livro - dose mínima [dis]tensão máxima - de Jeferson Bandeira - Campo Largo/ Paraná

Queria casa, comida e roupa lavada.
Alcançou o papel de amante.

Jeferson Bandeira

quarta-feira, 14 de março de 2012

Silêncio - de Heron Malaghini - Jacarezinho/ Paraná

Há quanto tempo não via
Tanta luz e calmaria
Em minha mente nenhum tormento
Apenas a voz do meu pensamento
Nas árvores e no rosto
O refrescar e soar do vento
Quando vem a tempestade das ofensas
Quando somos chamados a responder de imediato
É preciso concentração para continuar sensato
Não se deixar levar pela ignorância
Dando asas a sua intolerância
Exercer com eloquência
Uma fortaleza de paciência 
Como os homens enclausurados
Fechados e calados 
Em uma torre de concreto e cimento
Fechado em silêncio
O silêncio é uma jóia
Principalmente em combate à cólera
Para sua casa retornarás
Ficando em silêncio
E em paz

Heron Malaghini

terça-feira, 13 de março de 2012

Natureza Franciscana - do Livro - São Francisco, Luz, Eterna Luz - de Jacemar Cristina Rocha da Costa - Curitiba/ Paraná

Na sua natureza doce e simples, há sol, vento e tempestades,
numa harmonia com o Onipotente.

Na sua natureza doce e humilde, há lua, noite e estrelas,
numa suave brisa com o silêncio.

Na sua natureza doce e tranquila, há uma quietude profunda,
no mistério com a Eucaristia...


Jacemar Cristina Rocha da Costa

segunda-feira, 12 de março de 2012

"Boneca de Louça" - de Simonne Di Piero - Bauru/ São Paulo

És boneca de louça que fala
o idioma dos anjos do céu.
Teu sorriso de moça nos cala
quando danças para nós,"pach elbel".

Teus cachinhos de mel nos encanta
tal qual pôr-do-sol no horizonte.
És a brisa e a prece mais santa.
És cristal, és aroma, és fonte !!

Menina dos olhos de gazela,
nos fascina doce melodia,
és a jóia mais rara Gabriella...
És amor, és paixão, és poesia.


Simonne Di Piero

domingo, 11 de março de 2012

Palco - de Jean Leal - Belém/ Pará


Como é você?
Será que és real?
Até quando irei ser
parte do seu viver teatral?

Que olhos tem você?
Qual sorriso você me dá?
Qual verso você pode receber
sem depois negar?

Te vejo sobre o palco
Quem és eu não sei
Só sei que te amo mais agora
Fantasia e realidade
dos versos que criei



Jean Leal

sábado, 10 de março de 2012

Poemas - do Livro - A Relva Dita a Cor das Nuvens - de Jeferson Bandeira - Campo Largo/ Paraná

o sertanejo
teima
no cigarro de palha:

sutil
agonia
de um vaga-lume
ao luar.


Jeferson Bandeira

1999 - de Jean Leal - Belém/ Pará

Mentes se confundem
algum medo quer aflorar
Pessoas não se entendem
alguém começa a chorar

O novo século está a porta
talvez o mundo vá acabar
Esperanças, novidades, sonhos
a fé começa a se renovar

Sob fogos vem o 21
anunciando o seu fervor
Cinzas caem em lugar nenhum
lá onde as pessoas não têm valor

O novo século chegou
o mundo, enfim, acabou
Deu lugar a um mundo novo
Vamos viver o que começou


Jean Leal 

Tudo, menos o pra todo sempre - de Kassia Araújo

  O sorriso a brincar‑lhe nos lábios. Era você, como um anjo me fazia esquecer do chão, me entrelaçava nos seus braços. Dizia-me mentiras que soavam como lindas poesias. Você fazia querer-te bem, enquanto me dizia que queria ficar comigo além do infinito, enquanto dizia que eu era sua cinderela e que a meia noite tudo ia ficar bem.
Numa enxurrada vieram as desventuras. O vestido começou a rasgar dos lados, o sapato apertar, encher de areia assim como meus sonhos. O amor que você jurava me dar era falso assim como você sempre foi. Cadê as juras de amor eterno? O pra todo sempre não era pra ser pra sempre? Então me diga: porque acabou? - Porque nunca existiu. Garanto-te que alguns invernos solitários me fizeram insensível, você me tinha em suas mãos, mas me deixou escapar, fui escapando até cair. Eu peço para que não venhas com suas desculpas nem com flores, elas me causam náuseas.
Por qual motivo você me quer de volta? Para me deixar cair novamente? Não, não sou a mesma de antes, essa dor nunca mais sentirei. Eu amei você como um fogo-vermelho, agora eu faço questão de vomitar todo esse amor, que por vezes me fez engasgar entre lágrimas.  
Espero que nunca mais nenhuma mulher caia nos seus poemas decorados. E que elas descubram o feiticeiro que você é antes de seus sonhos virarem abóbora. 

Kassia Araújo

sexta-feira, 9 de março de 2012

Mulher - de Jacemar Cristina Rocha da Costa - Curitiba/ Paraná

Uma energia tênue
Como a lua clara
Cujos raios iluminam
Uma noite sedenta
De estrelas cadentes...
Uma energia singela
Como a brisa suave
Cuja delicadeza
Compreende os enigmas
Do coração humano...
Uma energia transcendental
Como a fonte cristalina
Cujo mistério infinito
Envolve a eternidade
Do instante presente...
Uma energia radiante
Como a parte de um todo
Cujo ser que lhe faz ser
A transforma docemente
Num universo para a luz.          
  
            
Jacemar Cristina Rocha da Costa                                                        

quinta-feira, 8 de março de 2012

Palmas - de Mário Pinheiro Ribas Júnior - Curitiba/ Paraná

                                                     
Dia que conta
Hora que passa
Mês que vinda
Vida bem vinda

Mesmo preso
No refúgio do apreço
Estou no contexto
Na face do verso

Verso que é o certo
Para este Universo
Universo esperto
Para o Humano inverso

Sigo o Caminho da Luz
Dentro deste verso
Incessante do Universo
Apego-me ao acesso.
                                                      
Sou o Centro do Universo!
                                                
                                                    
Mário Pinheiro Ribas Júnior

quarta-feira, 7 de março de 2012

Vida do Interior - de Heron Malaghini - Jacarezinho/ Paraná

Que saudade me dá
Do interior do Paraná
Neste país não há
Lugar melhor para se morar
Praças para namorar
E rios para pescar
Lá não há tristeza
Tem café na mesa
Calma no coração
Não precisa nem de portão
Pequenino sem igual
Tem só um hospital
Um barzinho vende cerveja
Bem ali próximo da igreja
O padre reclama não tem jeito
Todo mundo é conhecido do prefeito
Pássaros nas árvores de natal
Cachorros a latir no quintal
Na beira de um rio
Comendo um churrasco
Vendo o pôr do sol.
Todo mundo se conhece
Lugar assim, não se esquece
Como diria o velho expedicionário
Por mais  terras que eu percorra
Não permitais Deus que eu morra
Sem que eu volte para Lá 

Heron Malaghini

terça-feira, 6 de março de 2012

Anjo Amigo - do Livro - Mundo dos Anjos - de Jacemar Cristina Rocha da Costa - Curitiba/ Paraná

No doce caminho do Céu,
Aos pés de um Anjo protetor,
Há uma mão amiga
Nas pegadas do tempo...

Na doce canção envolvente,
Nos laços da ternura,
Há um Anjo encantado
Nas asas do vento...


Jacemar Cristina Rocha da Costa

sexta-feira, 2 de março de 2012

Minha Vida de Subordinado - de Heron Malaghini - Jacarezinho/ Paraná


Eu sou o Fulano 
Vulgo Fulaninho
Trabalho no Departamento
Minha vida laboral é um sofrimento
Venho ao trabalho de ônibus; que tormento!
Não sei nem o que falar!
Trabalho no deserto do meu andar!
Deram-me logo o recado
Aqui tem um monte de Chefe por metro quadrado!
E eu?
Eu sou o único subordinado!
Uma planilha vou inventar
Mas eu mesmo vou ter que lançar! 
Relatório do Jornal
Eu mesmo faço, não faz mal!
Meu apelido é cachimbão! 
Pois levo fumada de montão!
Mas que alegria, todo mundo tem Chefia!
Lembro-me outra vez, calado
Eu sou o único subordinado! 
Mesmo assim encontro alegria de montão
Vou tomar uma coca com meu amigão!
E a felicidade segue voltando
Vai junto também o Beltrano!


Heron Malaghini