sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Casa de Madeira Velha - de Heron Malaghini - Jacarezinho/ Paraná

Casa de madeira velha
Outra vida outro mundo
Quintal sem muro
Hoje fecho os olhos e vejo
Lembro-me de ratos e morcegos
A casa parecia uma cabana
Na época não dispersava a cobiça da família italiana
Naquele passado que hoje some
O que reinava era fome
Em meio a três filhos, um herói sem juízo
Ninguém tinha dó, pois já teve do bom e do melhor
Era lá em Jacarezinho, conhecia todos os vizinhos
Estava cheio de compromisso, da rua era o mais antigo
Conhecido como Zé, cresceu lidando com café
Parando de plantar, foi ser funcionário da Transparaná
Vida simples de interior, não cursou nível superior
Não dá para entender
Seus irmãos não ligam em velo sofrer
Em meio à aristocracia cresce a ralé com valentia
Seus irmãos espreitam sua morte para agir com covardia
Sem entendermos a razão
Continua a defender seus irmãos
Mas o tempo é implacável
Está velho e cansado
Tem problemas de montão
Vive caindo sua pressão
Já começo a chorar
Sei que um dia vai faltar
Sinto esse dia chegar
Logo meus dois heróis vão se encontrar
Vou sofrer sem parar
Pois Pai, mesmo com tanto defeito
Não tem como não te amar

Heron Malaghini

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Alegria - de Mário Pinheiro Ribas Júnior - Curitiba/ Paraná

Alegre esta harmonia
A falta de interesse
Desconfia

Simples esta exatidão
No contexto da exalação
Porque não

Repare no afeto
Meigo e sem protesto
Bom no gesto



Mário Pinheiro Ribas Júnior

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Gigante pela Própria Natureza - de Heron Malaghini - Jacarezinho/ Paraná

Quanta apreensão
Gritos na multidão
Primavera Brasileira
Violência gente encrenqueira
Ou o despertar de uma Nação
Deitada eternamente em berço esplêndido
Brava gente brasileira
Aqui na Nação de Bezerra
Que ao passar das trevas venha a luz
Iluminar a terra de Santa Cruz 
Que este país Gigante pela própria natureza
Deixe de ser o eterno País do Futuro
Chegou a hora de renascer
Como disse Almirante Barroso
O Brasil espera que cada um cumpra seu dever

Heron Malaghini

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Miguel - de Heron Malaghini - Jacarezinho/ Paraná

Séculos de história
Muito antes da capacidade de minha memória
Apagada pelo véu do esquecimento
Desde o momento de meu nascimento
Amigos eternos mais um encontro fraterno?
Caminhamos nesta estrada
Novamente juntos companheiro de jornada
Voltaremos a sorrir, venha nos ajudar a evoluir
Que Deus esteja em sua companhia
Construa sua nova história com maestria
Neste novo recomeço
Que possamos te auxiliar desde o berço
Que seja um homem sem igual
Fortaleza de honra e moral
Um Espírito iluminado
Crescendo e evoluindo ao nosso lado
Caminhando para luz
Aqui na terra de Santa Cruz.
E o destino que constrói
Partiu Leandro nosso Herói
Mas Deus nos consola
Traz-nos amor toda hora
Vem presente lá do céu
Nosso já amado filho
Miguel

Heron Malaghini

sábado, 11 de maio de 2013

Desespero - de Heron Malaghini - Jacarezinho/ Paraná

Desespero
Coração taquicardia
Respiração ofegante
O que pode acontecer
Não sei mais, sinto
Medo
Medo de sair
Medo de morrer
Medo que ocorra
Medo que alguém morra
Some a valentia
Será que a culpa é minha
Medo frequente
Ilusões da minha mente
Fico triste, respiro
Seriam presenças de espíritos ?
Lugar longe, cidade errada
Desespero em lágrimas
De onde será que isso vem?
Não desejo mal a ninguém
Não quero ser culpado
Por coisas feitas no passado
Homem novo
Reencarnado
Me perdoe
Deus
Sou um menino mimado
Preso em  quarto, desesperado
Solidão triste, telefone na mão
Preciso de alguém
Conversar, desabafar
Chorar
Parar, pensar, sentir
Dormir
                                             
Heron Malaghini

terça-feira, 23 de abril de 2013

Agonias Ilustradas - de Jeferson Bandeira - Campo Largo/ Paraná

http://mecanicadofato.blogspot.com.br/2013/03/escritor-curitibano-cria-livro-baralho.html

http://issuu.com/jefersonbandeira/docs/jefersonbandeiraissuu.com


 

Jeferson Bandeira

Vossos peitos, vossos braços são muralhas do Brasil - de Heron Malaghini - Jacarezinho/ Paraná

Onde foi parar o amor a pátria
Abandonada e esquecida
Que saudade daquele tempo
Todos em forma ao vento
Vibrando forte o sentimento
Formação cidadã
Oito horas da manhã
Crianças apaixonadas
Cantavam empolgadas

Não mais se viu
Aquele amor pelo Brasil
O hino agora toca sozinho
Não o acompanha mais as vozes de meninos
Agora fazem careta, não sabem nem a letra
A única coisa que sabem de cor
É que o que vem de fora é melhor

O passado nos encanta
Grande era a pátria
De Pedro Alcântara
Que morreu esquecido e isolado
E todo aquele amor ficou lá
Perdido no passado

Agora vive na eternidade
Pois a terra amava de verdade
E com outros vultos varonil
Vigia e ora pelo Brasil
Bezerra de Menezes
Com certeza é um deles

Homens de honra
Porém simplórios
Como era Osório

Nostalgia no coração
Acompanhando a evolução
De nossa velha e cansada nação

Sonhando com um futuro
Que nunca se viu
Ou ficar a pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.


Heron Malaghini

terça-feira, 16 de abril de 2013

Vida - de Luciano Guaita Rodrigues - Curitiba/ Paraná

Temos todos aqui um tempo.
Um tempo sem tempo para o próprio tempo.
Passa rápido!
Passado, presente e futuro fundem-se no nada.
Navegamos por mares desconhecidos.
Buscamos respostas em nossa circunavegação solitária.
Não encontramos.
Somos consumidos pelo tempo.
Conduzidos para o fim.

Mas no quarto onde eu escrevo está escuro.
A janela está fechada.
Melhor abrir!


Luciano Guaita Rodrigues

sábado, 13 de abril de 2013

Humano - de Mário Pinheiro Ribas Júnior - Curitiba/ Paraná

Como pode ser
Um ser nada a ver
Na vida a vencer

Vencer sem obstáculos
Sem dignidade vista
No obscuro da vida
 

Apenas vencer
Que alegria
Triste veria

Se na vida viste
O ser como ser
Para viver


                                                               
Mário Pinheiro Ribas Júnior