segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Pinheirinho de Natal - de Ivone Guaita Bosio - Porto Alegre/ Rio Grande do Sul


Pobre pinheirinho
Na rua foste atirado
Deste muitas alegrias
No Natal tão desejado

Nasceste com tantas esperanças
De tão alto te elevar
Mas veio a mão do homem
Muito cedo te cortar

Mas um consolo te resta
Foste muito admirado
Tiveste um Natal feliz
Com todos a teu lado

Quem dera que todos tivessem 
A sorte do pinheirinho
Viver momento de alegria
Neste mundo tão mesquinho
                                                 

Ivone Guaita Bosio

Amor e Dedicação - de Ivone Guaita Bosio - Porto Alegre/ Rio Grande do Sul


Aquela mocinha bonita
Que morava no interior
Encontrou aquele jovem garboso
Logo se apaixonou

Casaram-se muito cedo
Com quatro filhos foram premiados
São homens de valor
Que até hoje são prendados

Setenta anos se passaram
Desde o dia que perante a Deus juraram
Na alegria, na tristeza,
Na saúde e na doença
Este amor eles selaram

Este casal tão jovem
Que pra mim não envelheceu
Traz o segredo da vida
Que nós não conhecemos

Este exemplo de vida
É digno de louvor
Desejo a eles e todos os seus familiares
Vida e muito amor

Estes versinhos tão simples
Para Seu Lúcio e Dona Ceci dediquei
São do fundo da minha alma
Pra vocês eu reservei


                                            
Ivone Guaita Bosio

Pensamento - de Ivone Guaita Bosio - Porto Alegre/ Rio Grande do Sul

Aqueles olhos azuis tão tristes
Vagavam pela sala quase indiferentemente
Seu pensamento certamente lhe fazia pergunta
Por que?
As pessoas lhe arrodeavam
Lhe amavam muito
E também sofriam
Mas de repente um sorriso ecoou  
Na sala e tudo continuou
E nós continuamos juntos com ela
A vida.

Ivone Guaita Bosio

domingo, 16 de setembro de 2012

Meditação - de Ivone Guaita Bosio - Porto Alegre/ Rio Grande do Sul

Quisera eu correr pelos campos
E sentir o orvalho da manhã nos meus pés
Quisera abraçar as flores
E sentir o cheiro da terra molhada
Quisera eu poder ouvir o canto da passarada

Quisera eu ser como as aves de arribação
Que fogem para outros lugares quando muda a estação

Quisera eu deitar sobre a relva
E olhar a vegetação
Ficar com os olhos fechados
E ouvir só a batida do meu coração

Quisera estar com o coração tão puro
Quisera não sentir
Nem mágoa e nem rancor
Quisera poder neste mundo
Perdoar e espalhar muito amor

Quisera enxergar a Deus
No seu infinito Paraíso
E pedir a Ele que abençoe a humanidade
E não se esqueça dos bons no dia da igualdade

Quisera poder aliviar a fome dos famintos
Quisera consolar os corações dos aflitos
Quisera o caminho aos perdidos
Quisera compreender os incompreendidos
Quisera eu perdoar e ajudar os desvalidos


Ivone Guaita Bosio

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Milagres da Tia Ivete - de Luciano Guaita Rodrigues - Curitiba/ Paraná

Não só Jesus Cristo multiplicava os pães,
Mas também a nossa Tia Ivete!
Fazia Milagres!
Eram os seus deliciosos bolinhos de carne.
Mais pão do que carne!
Que quando perguntada dizia:
"Estou fazendo Milagres!"

Luciano Guaita Rodrigues

Tia Ivone - de Luciano Guaita Rodrigues - Curitiba/ Paraná

Em Porto Alegre
Quando crianças
Éramos levados por nosso pai, eu e meu irmão,
Pelas manhãs
A uma linda casa
Toda florida, mágica...
De lá surgia
Uma linda e carinhosa senhora
Com sorriso no rosto
E seus lindos olhos azuis
O nome dela
Ivone, a nossa Tia Ivone!
Alegremente já vinha trazendo maçãs para nos oferecer
Eram deliciosas, mágicas...
Não estávamos enganados
Com o tempo descobrimos ser ela
A Tia que lê mãos
Que vê anjos e santos
Que é grande de coração!
Seus olhos são da cor do céu...
E seus cabelos da cor do sol...

Luciano Guaita Rodrigues 

domingo, 9 de setembro de 2012

Cachorrinhos - de Ivone Guaita Bosio - Porto Alegre/ Rio Grande do Sul

Naquela casa velha
As paredes quase caindo
Se encontravam onze cachorrinhos

Seriam abandonados
A sorte e ao seu destino
Mas veio aquele coração tão grande
Aos poucos foram repartidos

Nesses lares que os acolheram
Trago muitas alegrias
Com as bênçãos de São Francisco
E com a nossa simpatia

Os poucos que ainda restaram
Na Protetora dos Animais encontraram guarida
A luta da minha amiga querida
Não foi em vão e nem perdida


Ivone Guaita Bosio

sábado, 8 de setembro de 2012

O Sapateiro - de Ivone Guaita Bosio - Porto Alegre/ Rio Grande do Sul

Naquela peça que não é tão grande
Mas é grande no coração daquele homem sorridente
Que trabalha intensamente
Até o fim do expediente

Naquela peça que não é tão grande
Mas é grande para acolher tantas coisas
Bolas, sapatos, máquinas, ferramentas e até um relógio
No fundo a música toca
E dos meus olhos quase cai o pranto

Naquela peça que não é tão grande
Mas é grande para acolher tanto amor e dedicação
Eu peço a Deus que olhe com muita afeição


Ivone Guaita Bosio

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O Meu Menino Loiro - de Ivone Guaita Bosio - Porto Alegre/ Rio Grande do Sul

Na singeleza do teu pranto
Eu vejo amor por todos os cantos.
Na tristeza do teu pranto
Também vejo desencanto.

Mas de repente o teu rosto
Se irradia de alegria,
Nasceu um novo amor.
E naquele berço de inocente,
Teu alento volta novamente.

Tudo passará...
Só não passará
O amor que dedica 
A teus amores.


Ivone Guaita Bosio

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Mãe - de Ivone Guaita Bosio - Porto Alegre/ Rio Grande do Sul

Minha querida mãe
Muito tempo se passou
Só agora pude te escrever este poema
Foste o esteio desta família
Tão unida
Deixaste tantos exemplos
Que citar não poderia
Partiste com tua missão cumprida
Semeaste na terra
A semente tão escolhida
Dando flores e frutos
Que viste até a tua partida
Continuarás sempre
No nosso coração
Não te esqueceremos nem um minuto
Pois foste o presente mais lindo que recebemos
Deste Ser tão infinito
Deus

Ivone Guaita Bosio

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Viagem ao Pantanal em 06.05 de 1984 - de Ivone Guaita Bosio - Porto Alegre/ Rio Grande do Sul

Adeus Corumbá
cidade espetacular
com suas belezas naturais
nascida no Pantanal
Pantanal das plantas aquáticas
Pantanal do pôr do sol
sobre as águas com seus pássaros em revoadas
suas belezas encantadas
até parece um conto de fadas
a noite cai lentamente
as luzes se apagam
ao longe os vagalumes com suas
lanternas fluorescentes
e eu em devaneio me acordo de repente
o trem corre
meu pensamento voa por instantes
recordando minha infância tão querida
que foi o melhor da minha vida
o barco desliza sobre as águas
a música toca e muitos dançam
o homem solitário olha ao longe
e de meus olhos quase cai o pranto
ver o Pantanal é sonhar
estou acordando e relembrando
os momentos felizes que passamos juntos
nesse passeio tão lindo e que 
tanto nos divertimos.

Ivone Guaita Bosio

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O Papeleiro - de Ivone Guaita Bosio - Porto Alegre/ Rio Grande do Sul

Andava pela rua com o pensamento tão distante.
De repente meus olhos fixaram naquela cena tão marcante.
O menino corria na frente recolhendo os papéis que encontrava.
A mãe também ajudava.
O Papeleiro empurrava o seu carrinho.
No meio dos papéis dormia o inocente.
Tudo isto para ele era tão indiferente.
Quem és tu Papeleiro errante?
Que andas pelas ruas sem destino.
Será que tiveste um lar e carinho?
Ou és ave que abandonou o seu ninho?
A procura de outros ares.
Tua casa talvez embaixo de uma ponte?
Será que estava ali a felicidade que tanto procuravas?
A felicidade está nas pequenas coisas que fazemos.
E não nas coisas efêmeras deste mundo.

Ivone Guaita Bosio